Fatalidade agridoce...
O que significa, na prática, uma zona monetária óptima?
Suponhamos por um momento que a tragédia do "Prestige" tinha ocorrido no Algarve. O turismo para as terras algarvias teria sido reduzido para aproximadamente zero e portanto a economia regional teria sido dramaticamente atingida. Os hotéis, os apartamentos, os quartinhos, os parques de campismo, os restaurantes, os bares, as discotecas, as rent-a-car, tudo, ficaria às moscas. Como seria minimizado o impacto social desta desgraça?
Numa zona monetária óptima os algarvios zapariam para outras paragens. Deslocariam os seus apartamentos, quartos, amêijoas da Ria Formosa e figueiras para o Alentejo, para o Mindelo, para a Côte d'Azur, para Mimizan, para o Báltico, para qualquer lado da Zona Euro... Como os americanos fogem das zonas deprimidas da América e demandam a Califórnia, os algarvios instalariam-se alegremente noutras paragens.
A emigração portuguesa no Século XXI é sinónimo de optimalidade da Zona Euro. Os empregos escasseiam em Portugal e nós emigramos. Existe mobilidade do trabalho.
Mas a emigração também é um sinónimo de desertificação - parece que a pobreza alentejana se alastra pelo território nacional.
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