sábado, 30 de maio de 2009

Delírios económicos

Lebre in, gato out?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ambivalências

O Telejornal da SIC ontem ao serão fez uma reportagem na fábrica da Nova Delta, em Campo Maior. Passava das 21h00, a fábrica parecia laborar a todo o vapor, como se fossem 15h00. Uma jornalista passeia por entre as operárias. Elas fazem qualquer coisa com as embalagens que recolhem num tapete. As operárias são interrogadas se têm receio de perder o trabalho. Invariavelmente respondem que não. O barulho, abafado pela almofadinha do microfone, parece imenso. As mulheres trabalham sem protecção nos ouvidos. A pivot diz que aquele trabalho poderia ser feito por máquinas. Sente-se que ela tem apreço pela opção tecnológica, ao mesmo tempo que deixa transparecer alguma dúvida. A empresa tem aumentado o número de trabalhadores.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Anti-fogo

No início da Legislatura Sócrates, Miguel Frasquilho, Economista e Deputado do PSD, sugeria um choque fiscal para combater o défice público. O choque consistia numa redução da carga fiscal. A medida parecia contraditória. Poderia basear-se na supply side economics, mas não. A ideia tem talvez um vago paralelismo numa técnica de combate a um incêndio florestal: provocando um pequeno fogo, em determinadas circunstâncias, consegue-se o domínio do incêndio que devasta uma área. Com o "fogo" da redução da carga fiscal, o objectivo era obrigar o Estado a moderar a despesa pública. Volvidos estes 4 anos do Governo Socialista, Miguel Frasquilho afastou o choque fiscal, propondo uma redução imediata da despesa pública. É "imperioso" "(...)cortar nas despesas de funcionamento (na chamada “máquina” do Estado) e em ser muito, muito criteriosos e muito, muito rigorosos nas despesas de investimento público – quer nas que são pagas agora, quer nas que acarretam encargos futuros. Criteriosos e rigorosos como, se calhar, até hoje pouco se viu em Portugal…".

sábado, 16 de maio de 2009

Percebi bem?

Torremolinos é uma espécie de Quarteira e Marbella é tipo Albufeira?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

As chinesinhas de Sacavém

Em Março passado o número de inscritos nos centros de emprego estava acima dos 480 mil. Em 1975 rondaria os 250 mil.
Entre os desempregados de 75, figuravam ainda muitos dos trabalhadores da Applied Magnetics, uma multinacional norte-americana que em Sacavém, mais concretamente no Prior Velho, tinha produzido peças para computadores e outro material electrónico e que inaugurou por cá, antes de ser moda, o tempo das deslocalizações.
"Já não podiam explorar como queriam", comenta Adélia, que trabalhou ali quase dois anos. Turnos de sete horas seguidas, por vezes dois de uma assentada, a soldar fios eléctricos em pequenas cápsulas de plástico, tudo tão pequeno que obrigava ao uso permanente de microscópios, alinhados em grandes bancadas brancas e Adélia e outras dezenas de mulheres agarradas a eles. "Tínhamos sempre o encarregado atrás, nem a cabeça podíamos levantar."
Quando o 25 de Abril chegou, mais de metade da população empregada em Portugal ganhava, por mês, entre 1500 e 3500 escudos (7,5 a 17,5 euros). Com a revolução ainda na rua, anúncios nos jornais pediam paquetes, com "idade entre 14 e 17 anos" e "escolaridade obrigatória". "Vencimento inicial de 1495 escudos" (cerca de 7,5 euros) por mês. No Estado, por exemplo, aumentava-se um director da Direcção-Geral de Fiscalização Económica para 17.200 escudos (86 euros) e um adjunto técnico de 2.ª classe do mesmo departamento para um pouco menos de metade.
Na Applied Magnetics, o pagamento médio andava pelos dois mil escudos. Não por muito mais tempo. Em Maio de 1974, era fixado o primeiro Salário Mínimo Nacional: 3300 escudos, aumentado um ano depois para quatro mil.


Clara Viana e Paulo Ferreira, "1975: o ano da outra crise", jornal Público, 10 de Maio de 2009, Caderno P2, pp.4-7.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009