quarta-feira, 29 de abril de 2009

Convergência real: see you

Segundo o FMI a Zona Euro deverá estar a crescer 2,3% em 2014, ao passo que Portugal regista um crescimento de 1,5%.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Fuga em frente?...

Em Dezembro de 2007, no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2007-2011, o Governo ainda previa um crescimento do PIB na ordem dos 2,2% para 2008 e uma recuperação do crescimento para 2,8% em 2009. Em 2008, afinal de contas, tivemos uma estagnação da actividade económica e no corrente ano de 2009 enfrentamos a maior recessão desde 1975 (o FMI prevê uma quebra do PIB na ordem dos 4,1%). Para além do proverbial falhanço das previsões dos economistas, acho que importa salientar um aspecto nos dois quadros reproduzidos.

Os vários PEC do Eng. Sócrates têm subjacente (parece!) uma taxa de crescimento "normal" do PIB de 3%. Digamos que quando a economia não enfrenta dificuldades conjunturais, admite-se que a taxa de crescimento cristaliza nesse valor. Pelo contrário, o documento da Primavera do FMI parece cristalizar a taxa de crescimento do PIB em apenas 1,5%.

A eventual quebra do crescimento potencial, e as dificuldades acrescidas que deverão surgir no financiamento externo da economia portuguesa, são um novo enquadramento que condiciona os grandes investimentos em carteira - TGV, novo aeroporto de Lisboa, 3ª ponte do rio Tejo junto a Lisboa.

A pressão do Governo em fechar decisões e estabelecer contratos surge como uma fuga em frente, antes do novo enquadramento macroeconómico começar a fazer-se sentir.

2009: recessão inverosímel?

Nos primeiros Programas de Estabilidade e Crescimento do Eng. Sócrates a economia portuguesa deveria crescer em 2009 à taxa de 3%, sendo as Exportações de bens e serviços (salvo o erro!) a parcela mais dinâmica da procura agregada. Depois, com os ventos menos favoráveis, o Governo pôs a responsabilidade do protagonismo no Investimento. Isto parecia esdrúxulo, na medida em que o investimento público tem encolhido e o privado é tudo menos controlado pelo Estado. Na previsão da Primavera do BdP, finalmente, aquelas duas parcelas da procura agregada aparecem com reduções em 2009 na ordem dos 14%. O PIB deverá diminuir 3,5%, o que é a pior recessão desde 1975. O FMI na semana passada previu uma redução do PIB português de 4,1%.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dúvida económica

O "paralelismo de comportamentos" que Manuel Sebastião da Autoridade da Concorrência encontrou no mercado de combustíveis líquidos é uma espécie de cartel informal? Num duopólio com simetria de condições produtivas e que enfrenta uma dada curva da procura, existem dois "paralelismos" de comportamento: a solução competitiva de Bertrand e a cartelização. Onde se encontra a indústria com o seu "paralelismo de comportamentos"?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Desemprego natural...


O comportamento do desemprego espanhol nas últimas 3 décadas sugere que a taxa de natural de desemprego ronda naquele país os 15% (incluindo nesse valor os desempregos "clássico" e "estrutural"). Durante as décadas de 80 e 90 do século passado o desemprego esteve praticamente sempre acima dos 15%, e apenas durante os anos mais recentes o desemprego se apresentou abaixo desse limiar. Mas os primeiros anos do século XXI coincidem com os anos favoráveis próximos da adopção do Euro (e subsequente baixa das taxas de juro) e da bolha do imobiliário, que favoreceram a actividade económica. Níveis altos de desemprego e o envelhecimento da população colocam pressões (insustentáveis?) sobre a segurança social pública.

terça-feira, 14 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

O desemprego nos EUA

Com o desemprego nos 8,5% é notório um efeito escalada no gráfico deste post, com este flagelo social a atingir os valores do início dos anos 80.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Citação oportuna?

No dia em que começa a cimeira do G20 o Diário de Notícias encima a sua edição com a seguinte citação de Bertrand Russel: A minha triste convicção é que os homens só se põem de acordo em assuntos que não lhes interessa verdadeiramente .